texto de Nara Guichon
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra “artesanato” pode ser definida como:
“Arte e técnica do trabalho manual realizado por um artesão; método de trabalho do artesão que alia utilitarismo à arte.”
Esta definição é muito elucidativa para entender a importância da criação artesanal atualmente. O artesão é alguém que combina “o utilitarismo”, ou seja, a utilidade, serventia e usabilidade, com a “arte” – o sublime, o belo, o emocional.
Compreender a importância deste ofício é aprender sobre a dinâmica de uma cultura, especialmente a cultura brasileira, em toda sua complexidade e beleza.
Segundo a pesquisadora e curadora Adélia Borges, o brasileiro ainda enxerga o produto artesanal como algo rude, primitivo e pouco complexo. Segundo ela:
“A única coisa primitiva sobre nosso artesanato é o nosso conhecimento a respeito dele.”
Se por um lado temos uma desvalorização do fazer artesanal, por outro vivemos uma expansão das técnicas, modelos, estilos e materiais. A variedade de trabalhos e artesãos dedicados à sua arte, ajuda a manter essa forma de expressão em seu lugar de destaque como modificadora da sociedade.
Esse fazer manual pode ser visto como um benefício social múltiplo. Ele é fonte de renda, meio de expressão e preservação das culturas locais, modelo de valorização de pessoas e comunidades, estilo de vida, alternativa sustentável de consumo, dentre outros.
Esta atividade também é altamente benéfica em termos como meio de socialização. O criar com as próprias mãos estimula o intelecto e facilita a empatia entre as pessoas.
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