Participante da 18 BID - Bienal Iberoamerica de Disegno, VRO é uma linha de indumentária para a área gastronômica e o público em geral que mistura um desenho moderno com texteis e rendas artesanais paraguaias.
A coleção se chama Yvytu Ñu, Vientos de Campo 2018, uma série que busca que a indumentaria profissional de cozinha alce vôos, tenha formas e incorpore a natureza. O trabalho da designer recolheu a essência da vida no campo, a frescura do vento, o céu e o verde.
De todas estas influencias surge uma palheta de colores con proeminência dos celestes, lilas, brancos, pardos e cinzas. Cortes modernos, frescos y juvenis vão para a cozinha nos aventais, gorros, e jaquetas com aplicações da renda nhanduti realizados por tecedeiras das cidades de Villeta e de Itaugua, na Grande Assunção.
Bordados de temática feminista, com um toque de humor, política e autoconhecimento, estão nas paredes do Obra Café, em Porto Alegre/RS (Av. Osvaldo Aranha, 426) desde 29 de novembro passado e fica em exibição até o dia 5 de janeiro de 2019. A mostra "A revolução será bordada" é a primeira exposição individual da artista têxtil e fotógrafa Bruna Antunes. No local estão exibidas peças recentes e obras de acervo produzidas a partir de 2017, usando bordado e aquarela em tecido. As peças são criações próprias, mas alguns bordados possuem ilustrações de outras artistas, como Juliana Mota, Isadora Jacoby, Sharisy Pezzy e Élin Godois. Bruna Antunes é a criadora do "Bordado Empoderado", um projeto que desde 2016 ensina a arte do bordado através de cursos, palestras, colaboração com ONGs e grupos de mulheres, além de parcerias com marcas. +info: http://mapeandopoa.com.br/bordado-empoderado/ fonte: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/cultura/2018/11/658428-bordados-feministas-sao-tema-de-exposicao-no-obra-cafe.html
“Minguei – Em Busca do Artesanato Popular do Japão” é um filme em forma de caderno de viagens. Captado pela pesquisadora Silvia Sasaoka em 2002, numa expedição financiada com uma bolsa da Fundação Japão que percorreu o país, das ilhas do norte às ilhas do sul, entrevistando artesãos de tecelagem, estamparia, cerâmica e laca, entre outros.
Nela podemos ver expressões vivas do artesanato popular, do trabalho manual a reflexões sobre as dificuldades encontradas por essa tradição. O vídeo, dirigido e finalizado por Rica Saito, é um tributo ao artesanato na sua forma mais elaborada e um testemunho da diversidade e inventividade de gerações.
Fala Silvia Sassaoka: "O percurso da minha pesquisa se deu em cidades de 4 ilhas, do extremo norte ao extremo sul do Japão – Hokkaido, Honshu, Amami e Okinawa. Este roteiro mostrava a situação do artesanato tradicional japonês no contexto contemporâneo e dentro de uma grande diversidade cultural destas 4 ilhas"
O Encontro Mestres do Mundo está consolidado no calendário da cultura no Ceará como uma ação de democratização do acesso aos bens e serviços culturais que vem atender à necessidade de criar espaços para a transmissão de saberes prevista na Lei Estadual nº 13.842, que instituiu o programa Tesouros Vivos do Ceará. Desde 2003, foram diplomados 95 Mestres da Cultura, 11 grupos e 02 coletividades, reconhecidos como detentores dos saberes da cultura popular tradicional, patrimônio imaterial do Estado do Ceará.
XII Encontro Mestres do Mundo de 21 a 24 de novembro de 2018
Local: Aquiraz (CE)
Das 9h às 0 h
Aberto ao público
Em 2008 NHANDUTI DE ATIBAIA participou do IV Encontro na cidade do Juazeiro, quando foi contemplado na categoria "Iniciativas da Sociedade Civil" pelo Prêmio Culturas Populares 2007-Mestre Duda do Ministério da Cultura. Veja a notícia que demos no n/blog Nhanduti de Atibaia na ocasião AQUI.
" ... quando perdemos um museu como esse, perdemos também uma parte importante e valiosa da nossa capacidade de imaginar outros mundos. Afinal, é disso que trata a antropologia, falamos, analisamos e descrevemos outros mundos. E, com isso, alargamos a nossa capacidade imaginativa de querer, sonhar, imaginar e construir modos diversos de estarmos vivos."
fonte: Isabela Oliveira facebook de 2/09/2018
Incêndio no dia 2/9/2018 queimou a quase totalidade daos 20 milhoes de peças do Museu Nacional
Edgard Roquette-Pinto foi autor do primeiro estudo sobre a Renda Nhanduti de que se tem notícia. Foi médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras
Seguindo os caminhos dos primórdios da Antropologia, Roquette-Pinto conheceu o interior do Continente Latino Americano ao ser designado pelo Museu Nacional, nas décadas iniciais dos 1900, para, seguindo o caminho percorrido pelo Mal. Rondon ao mapear as fronteiras telegráficas brasileiras, coletar material para o acervo do Museu. Esteve também ligado à Universidade de Asunción, onde trabalhou por 4 anos.
Do circuito e convívio, além do material coletado que integrava a bela coleção etnográfica do Museu Nacional e da obra literária que colaborou para perpetuar a missão de Rondon, trouxe ele uma pequena coleção de Renda Nhanduti, elaborando o primeiro estudo sobre a Renda trazida do Paraguai de que se tem notícia.
O foco do estudo de Roquette-Pinto é a simbologia adotada pelas rendeiras nos padrões que os módulos da renda passam a estampar, catalogando os motivos adotados por essa população "criolla".
A tecelagem, que em sua origem canária é básicamente floral, passa a ter desenhos da fauna, da flora e do mundo circundante nas suas tramas. O texto "Notas sobre o Ñanduti do Paraguai" foi publicado pelo Boletim do Museu Nacional em 1927.
As fotos anexas, quase furtivas, do momento em que as peças eram tiradas das caixas, foram as únicas que me foram autorizadas fazer na visita ao acervo que fiz há cerca de 5 anos atrás quando solicitei consultar a coleção de Roquette-Pinto!
Agora a coleção de Renda Nhanduti virou cinza juntamente com quase 20 milhões de peças do mais importante Museu da América Latina no incêndio de 2 de setembro. E sequer boas fotos da coleção restaram!
Fica o relato para registrar minha tristeza e, principalmente, registrar a existência deste acervo que se perdeu. Até porque talvez que eu seja a única pessoa nesse país que vai se lembrar dele entre tanto que se perdeu.
O vídeo demonstra a retirada do bastidor de uma peça de Renda Nhanduti como feita no Paraguai, mas peço atenção para o motivo inovador das trompas e ovários, órgãos femininos.
O ritmo constante, a atenção total e a repetição dos movimentos melhoram a ansiedade, a depressão e reduzem muito o nosso estresse. Além disso, segundo a neurociência, as manualidades ajudam a:
- Desenvolver a percepção espacial, a coordenação mãos-olhos e a habilidade motora;
- Centrar a atenção e os pensamentos em uma só tarefa;
- Estimular a criatividade ativa (e afetiva);
- Gerar sentimentos de plenitude, conquista e orgulho;
- Aprender a paciência e a perseverança;
- Estimular a memória e a agilidade mental;
- Gerar auto-confiança e melhorar a auto-estima;
- Criar vínculos sociais...
Não importa se você faz tricô, crochê, pinta ou borda. Ou faz renda.
As possibilidades são infinitas e os benefícios também.
Estamos no ar: PORTAL NHANDUTI DE ATIBAIA. acesse pelo endereço www.nhanduti.org.br.
Todas as informações que fomos coletando em mais de 10 anos de dedicação à técnica nhanduti, tenerife, soles, de Brasil, Paraguai e Venezuela, e Canárias ...
Viaje pelos 3 blogs, e 5 midias sociais e descubra que o mundo das Rendas de Trama Radial é enorme e fascinante!
E querendo saber mais alguma coisa, não hesite em perguntar. Nos esforçaremos para responder. Use o "COMENTÁRIOS" abaixo.
La Randa es un delicado y artístico tejido de punto, que consiste en una sutil trama elaborada con agujas y delgados hilos anudados con mucha paciencia. Es realizado por mujeres oriundas principalmente de El Cercado, Tucumán, Argentina y el proceso tradicional de su producción, ha perdurado desde el siglo XVII.
La transmisión de esta técnica de tejido tradicional recorrió generaciones enseñándose de madre a hija.
No Brasil duas técnicas guardam similaridade com as RANDAS TUCUMANAS: a Renda Turca e Renda Singeleza.
Vamos publicar no nosso site MUSEU VIRTUAL DA RENDA TENERIFE as peças do acervo de Renda de Trama Radial desse museu que fica perto de São Francisco, Califórnia. Começamos magistralmente dia 08 de junho: a peça é um duas peças, saia e blusa, do final dos 1800 todo em Renda Tenerife. Visite o MUSEU VIRTUAL DA RENDA TENERIFE e veja o ítem do acervo do The Lace Museum❗ http://nhandutimuseuvirtual.blogspot.com/
A partir do dia 9 de junho, o Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera recebe a exposição Bancos Indígenas do Brasil, que apresenta, com entrada gratuita, cerca de 70 peças da coleção BEI. Os bancos foram produzidos por povos de várias regiões do alto e baixo Xingu, sul da Amazônia, Centro-Oeste, norte do Pará e noroeste amazônico.
A mostra, cuja expografia ficou a cargo da designer Claudia Moreira Salles e do arquiteto Eiji Hayakawa, revela a sofisticação e a importância cultural dos bancos: alguns são zoomórficos, representando animais da fauna brasileira; outros são assentos mais convencionais, lixados com esmero, decorados com grafismos traçados com pigmentos naturais ou com entalhes. Em todos, os aspectos utilitários e decorativos conciliam-se com a dimensão simbólica, de forma que as peças espelham o universo cultural, os mitos e a cosmologia das etnias que as fabricam.
EXPOSIÇÃO BANCOS INDIGENAS DO BRASIL 9 de junho a 5 de agosto Acesso: Portão 3 e 10 – Av. Pedro Álvares Cabral Funcionamento: quarta, sábado, domingo e feriado Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h Tel: (11) 5081-7296 e 3208-1755 Entrada Gratuita.
Tapiz inspirado en ñanduti diseñado por Alejandra para el Restaurant Pani em Asunción, Paraguay. Hecho con colaboración de Elsa Maricevich y Athos.
21 de mai. de 2018
Meghan fez um tributo aos 53 países da União Europeia nos 5 metros de seu véu do casamento coom o Príncipe Harry, em que o bordado representou as flores dos países integrantes da União Européia. Meghan incorporou mais duas flores com significado pessoal no bordado feito à mão pela Casa Givenchy: Wintersweet (Chimonanthus praecox) que nasce em Nottingham Cottage, sua casa com o Príncipes Harry, e California Poppy (Eschscholzia californica), flor do seu local de nascimento.
El Museo y Centro Didáctico del
Encaje de Castilla y León
El Museo del Encaje de Castilla y León
surgió de la inquietud por restituir los encajes históricos de esta región, que
estaban en fase de extinción.La tarea fundamental del Museo del Encaje es la de mostrar
aquellos encajes que tuvieron gran relevancia en otras épocas y que cayeron en
el olvido, concienciando a la vez de lo importantes que fueron y son para la
cultura tradicional de Castilla y León.
Quixeramobim, Ceará, possui um programa desenvolvido
com a associação de artesãos em que módulos da Renda Tenerife – que chamam
Nhanduti – são aplicados em sapatos artesanais. Além de trabalhar com a técnica da tecelagem, os sapatos são feitos com descarte de
uma fábrica de calçados da cidade.
A técnica de tecer foi levada para a cidade
em 2015 por uma senhora originária do Estado de São Paulo.
A roupa de Ronaldo Fraga nunca é só roupa. O estilista mineiro traz sempre significados ora políticos, ora sociais às suas criações, transformando os desfiles em manifestos. Desta vez, Ronaldo jogou luz à maior tragédia ambiental da história do Brasil: o rompimento da barragem de Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. Com uma mensagem de reconstrução e resistência, ele se uniu a bordadeiras da região de Barra Longa, devastada pelo acidente, para desenvolver as peças da coleção apresentada na São Paulo Fashion Week (SPFW).
Pioneiro em desenvolver parcerias com comunidades artesãs para a produção de suas roupas, Fraga critica, em entrevista à BBC Brasil, o que vê como preconceito com os produtos artesanais nacionais. "O artesanato brasileiro é visto como coisa de pobre, feito para comprar para ajudar gente pobre", diz.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil - Sua nova coleção traz trabalhos das bordadeiras da região de Barra Longa, atingida diretamente pela tragédia em Mariana (em 2015, o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco inundou de lama diversas comunidades da cidade mineira). Há uma preocupação de que esse ofício se perca nesse local? Qual seu objetivo com isso?
Ronaldo Fraga - Gerar emprego e renda com reafirmação e apropriação cultural. É isso que faz com que mantenha-se o corpo e a musculatura do saber. E mais: que estimule a geração que está por vir a enxergar isso como valor.
BBC Brasil - Mas o artesanato brasileiro é visto dessa forma pela nossa sociedade? Há algum tipo de preconceito?
Fraga - Claro. Há muito preconceito do brasileiro com nosso artesanato. O artesanato brasileiro é visto como coisa de pobre, feito para comprar para ajudar gente pobre. As pessoas não têm a educação, o saber e a boa vontade para poder ter o mínimo de esforço em enxergar a ancestralidade, a formação de um povo ali. Isso é muito característico de um país colonizado, porque eternamente vai achar uma renda europeia infinitamente mais bonita do que uma renda brasileira, quando essa renda brasileira conta a história desse povo.
Esse bordado de Barra Lagoa por exemplo, ele veio para o Brasil através dos portugueses no século 18, nos áureos tempos (das cidades mineiras) de Mariana e Ouro Preto. E Barra Lagoa era o polo dessa produção. Após essa tragédia ambiental nós corremos o risco de uma tragédia cultural porque, estigmatizadas, essas pessoas estão largando suas terras, mudando de cidade. Corremos o risco de esse saber desaparecer. Então é preciso que as novas gerações entendam esse valor.