20 de jul. de 2011

Renda tenerife no museu de Horche/Espanha

Na Igreja de N.Senhora da Assunção de Horche, Guadalajara, Espanha, um pequeno museu guarda, entre outras peças do enxoval litúrgico, algumas com renda tenerife. 
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Descobri esta preciosidade no album de fotos do Encontro de Rendeiras de Horche de junho passado de Malú Bolitriz no Picasa (visite cliquando AQUI) que conheci através do site da Associação Ibn Al Baytar, sempre muito frutífero nas notícias dos Encontros de  Rendas e de Rendeiras da Espanha . Clique e acesse o Blog Encajeras Bolilleras.














Conheça um pouco da arquitetura quinhentista de Horche clicando AQUI e pelo vídeo abaixo (em espanhol)

1 de jul. de 2011

OUTRAS PRÁTICAS: BORDAR SÃO PAULO

A oficina “Bordar São Paulo - Um retalho de nossa cidade” é uma atividade da Casa de Dona Yayá, Centro de Preservação Cultural da Universidade de S.Paulo- USP, e propõe a criação de imagens pela arte do bordado resultando num painel produzido coletivamente que expresse as vivências e lembranças dos moradores, trabalhadores e frequentadores do bairro do Bixiga. 
Juntamente com trabalhos de grupos de bordados que vêm se formando na cidade, o painel coletivo ficará exposto para apreciação do público na Casa de Dona Yayá do início de agosto até 09 de setembro de 2011.
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Para saber mais, clique AQUI.

17 de jun. de 2011

Soles de Maracaibo, Zulia, Venezuela




"Um grupo de dedicadas e criativas senhoras da Zulia, Venezuela, mantem  entre os costumes e tradições a tecelagem dos "Soles de Maracaibo", expressão única deste tipo em toda a Venezuela".

Dizem que o Sol é de Maracaibo, a amada Terra do Sol, mas com uma certa tristeza e grande alegria um grupo de senhoras marabinas veem os Soles de Maracaibo ir para muito longe. Eles são levados para serem expostos e apreciados na Alemanha, na Espanha e na França, onde a expressão
única e original fazem os "Soles de Maracaibo" brilharem, uma tradição que se mantem graças ao louvável trabalho de duas dedicadas professoras marabinas que se entregam de corpo e alma para manter viva esta técnica que muitos acreditavam morta mas que vive graças a estas senhoras zulianas.

Os Soles de Maracaibo datam do século 18, época da conquista, quando uma família de Perijá aprendeu a arte de tecer estes soles com uma senhora de origem canária que lhes ensinou o trabalho nativo de Tenerife, Ilhas Canárias. Conta Da. Elba que este costume deve ter entrado pelas portos, através do navios vindos da Espanha, pelas mãos das mulheres dos colonizadores que chegaram em Maracaibo. Esta família - diz a professora Elba Morales - se interessava por esta bela e difícil técnica e Da. Cepeda e suas 10 filhas tomaram a tecelagem como forma de vida e dedicaram-se a fazer e a divulgar os Soles para as famílias estrangeiras que viviam em Maracaibo ou estavam em visita.


Depois de quase dois séculos os Soles seguem vivos por causa das mãos destas marabinas dedicadas que afirmam à Venezuela e a todo o mundo que os Soles vão continuar por muitos anos iluminando a imaginação daqueles que sabem apreciar esta tecelagem que tantos lauros e tanto reconhecimento deu a esta terra onde, as mãos das irmãs Cepeda Conde ontem e hoje as mãos da Professora Elba Morales de Rondon mantêm viva a tradição."
fotos enviadas por Marlene Nava

"Dentro de las Costumbres y tradiciones de Maracaibo, un grupo de creativas y dedicadas señoras zulianas, mantienen vivos los brillantes hilos de "Los Soles de Maracaibo", única expresión artística de este tipo en toda Venezuela.

Dicen que el Sol es de Maracaibo, la Tierra del Sol amada, pero con pena y una gran alegría, un grupo de señoras marabinas, ven partir los Soles de Maracaibo muy lejos, los ven partir a Alemania, España Francia, donde se los llevan para ser expuestos y apreciados, brillando con luz propia, con una original imaginación puesta en ellos, con un único sentimiento que hacen de los "Soles de Maracaibo" una expresión única y tradicional, que perdura con el tiempo gracias al encomiable trabajo de dos dedicadas profesoras marabinas que se entregan en cuerpo y alma por mantener viva esta labor que muchos creyeron muerta, pero que sigue viva gracias a estas damas zulianas.

Los Soles de Maracaibo, una tradición artesanal que data del siglo XXVIII en la época de la conquista, donde una familia en Perijá aprendió el arte de tejer estos soles gracias a una señora de origen Canario, quien les enseñó esta labor oriunda de las Islas Canarias, Tenerife. Nos cuenta la señora Elba que esta costumbre pudo entrar por los Puertos, en los barcos provenientes de España, directo de manos de las esposas de los colonos que llegaron a Maracaibo. Esta Familia - nos comenta la profesora Elba Morales - se intereso en esta bella y sacrificada labor, así la señora Cepeda y sus 10 hijas toman esta labor como un modo de vida y se dedican a realizar los soles para las familias extranjeras que visitaban o vivían en Maracaibo.

Ahora los Soles, después de casi dos siglos siguen y perpuran en las manos de estas abnegadas marabinas que le dicen a Venezuela y todo el mundo que los Soles seguirán por muchos años mas iluminando la imaginación de quienes saben apreciar este hermoso tejido que ha dado tantos lauros y reconocimientos a esta tierra que los hizo famoso de la mano de las Hermanas Cepeda Conde y que ahora siguen la tradicion con la Profesora Elba Morales de Rondón."
 
fonte: http://ligiamarval.blogspot.com/
fotos enviadas por Marlene Nava
  

26 de mai. de 2011

Encontramos na net

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Estudando um pouquinho mais o figurino de Cordel Encantado (novela da TV Globo) descobri esta saia feita através de uma técnica chamada Nhanduti.
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A renda Nhanduti ou Tenerife é uma categoria de renda difundida nos países latino americanos pela dominação espanhola e que teria alcançado o Brasil especialmente através do Paraguai. 
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A origem do nhanduti, diz a lenda, está ligada a uma inconsolável indígena cujo amado desapareceu no dia do casamento. Ao achá-lo morto na selva fechada, ela se abraçou ao seu corpo, velando-o toda a noite. Ao amanhecer, a luz do sol mostrou que o guerreiro morto estava coberto por um belo manto de teias tecido pelas aranhas. A noiva buscou fios e agulhas e, copiando o trabalho das aranhas, teceu para o amado uma deslumbrante mortalha, criando a primeira peça de nhanduti.
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Uma trama radial é montada pela rendeira sobre um bastidor onde o desenho final vai se definindo conforme a variação de pontos básicos executados sobre ela. É conhecida também por renda do sol porque os vários motivos são tecidos sobre a trama que parte de um centro, assemelhando-se a uma teia de aranha, que é o significado do seu nome paraguaio (na língua guarani), “ñanduti”. Um grupo de pessoas se reuniu durante 3 meses no APA – Espaço Cultural para somar experiências e o conhecimento de cada um, resgatar e não deixar morrer a arte da renda Nhanduti.
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Nosso comentário:
Cris Vieira no delicioso blog Diário do Figurino descobriu uma saia da personagem da novela feita em nhanduti ou renda tenerife. Como vemos na foto, feita com módulos grandes, sextavados e com linha grossa (provavelmente linha Clea). Exatamente da forma como fazíamos no início de nossa pesquisa sobre a técnica. 
E os parágrafos acima, com exceção do primeiro, também são da fase inicial da nossa pesquisa. O grupo e a proposta do NHANDUTI DE ATIBAIA começou exatamente dessa forma em 2005, quando reunimos  interessados e interessadas algumas tardes de sábados na APA-Associação dos Artesãos de Atibaia para, juntos, descobrirmos como era feita a tecelagem já praticamente esquecida. O texto da lenda do nhanduti desde então e até hoje está na web (AQUI) e já ilustrou muitos comentários sobre a renda, o que continua a nos orgulhar, especialmente quando olhamos nosso caminho e aonde nossa pesquisa nos levou. Chegamos à renda sol, como a renda era feita e conhecida no início do Sec.XX.

Saiba mais sobre o projeto RENDA SOL
clicando AQUI.
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toalha de bandeja renda sol
toalha de bandeja (fio Cléa)
Clique sobre as fotos para aumentá-las e ver as diferenças e as possibilidades da  técnica.

22 de mai. de 2011

Renda Tenerife na Espanha




A Espanha tem uma movimentação enorme em torno da renda artesanal como atividade de lazer ( dizem lá "ocio").  As cidades espanholas tanto pequenas como grandes realizam encontros de rendeiras nos finais de semana e disputam na agenda o comparecimento de artesãs e de interessados e interessados nesses eventos.

A imensa maioria das rendeiras são dedicadas à renda de bilro, em sua vasta gama de possibilidades e regionalidades, mas também encontramos artesãs dedicadas a outras atividades da tecelagem, da costura e dos vários bordados. Em Úbeda, por exemplo, encontramos muito frivolité, resgate incentivado por Juanita, ex-presidente da Associação de Rendeiras local.

Bastante raro é encontrarmos nestes eventos de rendeiras quem faça ou se dedique à renda tenerife (o que, aliás, confirma a situação de quase esquecimento da técnica). Manolo, responsável pelo site da Associação Ibn Al Baytar, de rendeiras de bilro de Benaldema-Costa, Málaga, é frequentador assíduo e divulgador dos Encontros e há algum tempo fez uma divagação sobre a renda tenerife em seu blog, divagação esta motivada por uma postagem do site NHANDUTI DE ATIBAIA em que mostramos três peças de renda nhanduti feitas ao longo do século passado porém com idêntica padronagem (veja AQUI o post), repetição de padrões certamente imposta à rendeira pelo mercado da renda artesanal, como Manolo bem colocou. Leia abaixo o comentário sobre a repetição de padrões.
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Onde fica La Mojonera?
  
 Uma das Associações participantes (do Encontro) era a de Huércal de Almería, e nela havia uma senhora que me chamou a atenção por estar fazendo renda tenerife, já que é muito difícil de encontrar quem faça essa técnica, e conversamos um pouco. Ela me contou que sua avó é que lhe havia ensinado a tecer e que embora ela já não fosse jovem estava sempre fazendo alguma coisa. Comentei com a senhora do estudo que Elisabeth do Brasil vem fazendo sobre a renda tenerife e sobre tres peças que ela encontrou com as mesmas características, sendo que tais peças foram feitas ao longo de um período de cerca de 100 anos. E falando destas peças encontradas por Elisabeth lembramos que algumas rendeiras de Almagro ou de Hinojosa (duas das poucas cidades espanholas que ainda tem na renda uma importante atividade econômica)  que faziam/fazem sempre dois ou tres modelos de renda de bilro e adquirem tal experiência e rapidez para faze-los que acabam fazendo somente estes poucos padrões já que com eles conseguem ganhar melhor  com a atividade de rendeira e acabam assim, durante toda sua vida, fazendo sempre os mesmos padrões. Será que alguma coisa semelhante se passava com as rendeiras de nhanduti na América do Sul?
(Tradução livre com adendos nossos entre parênteses)
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 Quer saber mais sobre a importância econômica
da renda na Espanha e Europa até o início do Sec.XX?
Clique AQUI e acesse uma interessante
postagem do blog parceiro Con Nuestras Manos

"COMENTARIO DO VII ENCONTRO DE RENDAS DE BILRO DE LA MOJONERA"  Una de las Asociaciones participantes, eran las de Huércal de Almería y allá había una Señora con un Tenerife que me llamó la atención, es muy raro el encontrarte con algo de esta técnica y estuve hablando un poquito con ella. Me decía que se lo había enseñado su abuela, y ella ya no era una jovencita, y que ahí andaba practicando y haciendo sus cositas. Le estuve comentando el estudio que lleva a cabo Elisabeth de Brasil, sobre un tapete que del mismo modelo, en todas sus características, se saben tres tapetes realizados en un período de más de 100 años. Ya comentaremos del estudio de Elisabeth y que estamos tratando de unir a la costumbre de las Encajeras de Hinojosa o de Almagro de que hacían/hacen un mismo modelo, o dos o tres o cuatro durante toda su vida y con la experiencia y conocimiento que ya tenían de sus pocos modelos, hacen/hacían un tapete en un dos por tres y a cobrar y hacer Caja, ¿pasaba lo mismo o parecido con el Nhanduti/Tenerife/Rosetas por Sur América?

Veja a postagem na íntegra: http://encajerasbolilleras.blogspot.com

8 de mai. de 2011

OUTRAS PRÁTICAS


Luisa Ferreira é artista plástica e utiliza a cultura e o imaginário da tradição

zuliana em sua obra. A Zulia é o Estado (Departamento ou Provincia) da Venezuela em que se situa a cidade de Maracaibo, na margem do grande lago do mesmo nome.
Os soles de Maracaibo (dos quais falei AQUI) e a sua forma de tecelagem estão presentes na obra da artista.  
Conheça seu blog clicando AQUI.



AQUI v. acessa um artigo sobre as várias
tecelagens da Venezuela

1 de mai. de 2011

Novos lugares

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Hoje a Rosa do blog  FAZENDO ARTE entrou em contato com a gente. Ela se diz costureira e além de estar  aprendendendo a fazer renda de bilro ela tem um site cheio de seus muitos interesses na cultura tradicional e popular.

Pensando nos amantes da Renda de Bilros - já tenho contato com OMI RENDÊRO e CON NUESTRAS MANOS, resolvi abrir mais espaço na barra lateral para indicar sites deste e outros assunto e ter esses extraordinários pesquisadores ao lado da gente. Tem também o pessoal da tecelagem, como a ZILAMAR TAKEDA do FELTRO DESIGN, nossa parceira nos curso de renda, e o pessoal da moda consciente como o ECOTECE...
E outros que vamos lembrar e colocar. Afinal, quem cai na rede é para se enredar!
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Hoy Rosa de lo blog FAZENDO ARTE (HACER ARTE) nos ha contactado. Ella dice ser costurera y aún aprende a hacer encaje de bolillos. Tiene un sitio lleno de sus muchos intereses en tradicciones y cultura populares.
Pensando en los amantes del encaje de bolillos - ya tenemos contacto con la OMI RENDERO (HOMBRE ENCAJERO) y CON NUESTRAS MANOS, decidí abrir más espacio en la barra lateral para indicar los sitios de diversas materias, asi tenemos estos maravillosos investigadores  a nuestro lado. Hay también las tejedoras, como ZILAMAR TAKEDA do FELTRO DESIGN, nuestra compañera nel cursos de encaje y los sites de propuestas de conciencia como ECOTECE...

Nos recuerdaremos de los otros. Después de todo, quien cae en la red es enredado!

24 de abr. de 2011

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